quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

... tesouros...

Está na palavra de Deus que quando encontramos um amigo, encontramos um tesouro. Em várias músicas, podemos ter exemplos de que as nossas amizades – quando estão bem cultivadas no amor de Deus e centralizadas em Cristo – nos levam a alegria e até mesmo a um rejuvenescimento espiritual.
Encontramos e contemplamos a face de Cristo quando estamos diante de uma amizade sincera e gratuita.
Porém, como nós nos decepcionamos até encontrar esse verdadeiro tesouro.
Em meio a espinhos, lágrimas e pedras, nos desapontamos... magoamos e somos magoados... ferimos e somos feridos... choramos e fazemos chorar.
Sabe aquele amigo de infância... que quando você está meio chateado, triste; você já logo o procura... pois bem, eu nunca tive.
O problema está em mim? Não sei lidar com os meus relacionamentos? Não sei cultiva-los e preservá-los? Várias foram as perguntas que fiz e ainda faço na minha caminhada.
Não é porque nunca tive um amigo de infância que não posso reconhecer as minhas poucas amizades que fiz nesses últimos anos.
Amizades essas que mais se parecem com àquelas antigas, tamanha é a proximidade e o carinho.
Posso contar nos dedos da mão direita, mas são amigos que me levam até Cristo... e, na maioria das vezes, nem precisam estar falando Dele.
Amigos que deixei em outra cidade para iniciar uma nova etapa na minha vida - alguns quilômetros me separam deles...
Três amigos se destacam e me intrigam....
Destacam-se porque, mesmo que de forma rápida (a amizade só tem poucos anos), passaram pela minha vida e deixaram marcas significativas, fazendo-me rever alguns conceitos, melhorando o meu jeito de vida, e ensinando-me que sou amado e também posso amar.
Intrigam-me porque são amizades que parecem ter caído do céu.... e da mesma forma repentina que entraram em meu caminho, saíram também.
Sei onde encontrar esses três amigos... Eles não desapareceram, com um toque de mágica.
Porém, vivendo essa nova realidade em que me encontro, parece que há uma grande barreira em poder encontrá-los... não colocada por mim e, peço a Deus, que não também colocada por algum deles; mas já não há mais o convívio, o se 'trombar' pelas ruas, o sair junto e partilhar.
É triste pensar que uma amizade termine dessa forma.... mas Deus me fortalece, porque já se formam tesouros aqui no seminário para que se lapidem e se transformem em grandes amizade...
Quando você coloca Cristo no centro das suas atitude e ações, você têm um amigo lá no céu que te protege e nunca o desampara.
Por vez ocorre que quando estamos um pouco triste e saudosista de nossas antigas amizades, eis que vem alguém, sem mais e nem menos, lhe dá um carinhoso abraço... é o carinho de Deus!
Os meus anjos em forma de amigos ou os meus amigos em forma de anjos (ainda não consigo definir, rs) que deixei em Cachoeira Paulista, tenho a certeza de que jamais vão estar longe de mim. As barreiras podem existir, quilômetros e mais quilômetros podem nos separar, mas em um lugar nos fazemos presente: na Eucaristia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eterna gratidão


Há momentos na vida que a mais potente máquina fotográfica ou câmeras de vídeo de última geração não  conseguem ser mais eficazes do que nossa memória e o que guardamos dentro de nosso coração.

Tudo começa numa sexta-feira pela tarde, quando sou acolhido, carinhosamente, na casa do padre que  foi e continuará sendo, se Deus quiser, meu grande diretor espiritual...
Monsenhor Luiz Carlos, pároco da Paróquia São Sebastião em Cachoeira Paulista (SP), preparou um ambiente acolhedor na casa paroquial e dalí me preparou para uma missa em que seria enviado para o seminário.

Como forma de agradecimento, a comunidade se reuniu e me proporcionou uma belíssima homenagem... um grande incentivo para continuar dando meus passos rumo ao que Deus quer para mim.



Sábado, 29 de janeiro de 2011 - uma data que nunca sairá da minha mente. Nesta data, uma missa encerrou um ciclo da minha vida, para começar um outro.
Nesta data, percebi que estou no caminho certo - mesmo ainda não estando preparado...
Nesta data, percebi que sou amado e que também pude amar.

Fiz um compromisso comigo mesmo de não chorar durante as homenagens... que bom, que certos compromissos não precisamos levar tão á sério.

O cisco nos olhos já não era mais desculpa para as lágrimas que não paravam de cair.
Começou logo que ouvi as seguintes palavras: "Tio Rodrigo..." de uma coroinha. Ou quando vi um dos meus primeiros grandes amigos que fiz em Cachoeira (Michel) dizendo algumas palavras pra mim.
Era tudo parecendo um sonho... Eu, tão imperfeito e pecador, recebendo tantas homenagens e amor...


Gostaria de que todos estivessem presentes nessa missa... para conseguir me despedir de cada um, de forma especial... mas nem todos estiveram.
Enquanto estava no presbitério, ao lado do padre, os meus olhos percorriam toda a assembleia. Estava buscando rostos familares, com os quais convivi durante esses dois anos e meio.
Demorei, mas encontrei alguns no meio da multidão.
Sentados no primeiro banco, meus avós paternos e meus pais. Por toda a igreja, nos demais bancos, estavam lá pessoas que partilhei experiências, emoções, vidas...


Ao longo da Missa, antes de começar com as homenagens - carinhosamente organizadas pelo Michel e pela Marina (dois grandes amigos e irmãos) - ficava ainda percorrendo as pessoas com o olhar, em busca de dois rostos... a missa continou, as homenagens vieram, a emoção tomou conta de mim... a missa acabou, a convivência começou e homenagens continuaram, mas dois rostos estavam faltando no meio de todos os que já havia encontrado.

Um desses rostos até sei o motivo de não estar naquele dia, devido a uma série de fatores, mas ainda tinha esperança de encontrá-lo, como uma última surpresa daquela noite maravilhosa....
Já outros rostos não apareceram. Não sei o que ocorreu. Só sei que foi uma falta significativa... mas a vida é assim... pessoas vão e vem... assim como eu cheguei em Cachoeira e fui embora, deixando alí partes do meu coração que estão muito bem guardados por grandes amigos...
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

... apenas um parênteses

Agora são 3:31 da madrugada... terminei agora há pouco de assistir a mais um filme retratando a vida de São Francisco de Assis. 
Fui tomar um banho para me deitar e comecei a me questionar: Como Francisco seria nos nossos tempos? O que ocorre conosco para não conseguirmos viver de forma tão intensa, como São Francisco o fez? Seríamos chamados de loucos, doentes?
Vivemos um novo tipo de martírio... somos escravos de nós mesmos.
O pregador sobe no palco e grita: "Não amem as coisas do mundo, mas sim busquem as coisas do Alto!" e logo que saí do palco se depara com uma mesa farta de 'quitudes' e delícias... após saciar-se com tudo o que há de bom e melhor, saí com seu carro modelo do ano para sua casa.
Como pregar aquilo que não se vive?
Conseguiríamos viver o que gostaríamos de pregar?
O discurso até já é outro; não mais se fala em viver inteiramente para Deus... em dar todos os seus bens para os pobres... em despojar-se de toda a beleza e luxuria.
... e porque não conseguimos viver da forma como Jesus viveu? 
Existe aqui dois extremos. Qual deles devemos seguir? 
Se devemos confiar na providência de Deus, porque então nos preocuparmos com as coisas materiais, em querer ter uma casa confortável, um carro do ano?
Ou será que tudo isso é um novo tempo que se configura e devemos vivê-lo, sem deixar os nossos princípios para trás.
Que não é pecado sonharmos com um carro novo, uma casa confortável, uma vida digna para nossos filhos.

Deus nos chama, porém o chamado é particular, pois somos particulares aos olhos de Deus. Não somos números ou estatísticas, mas um num todo, que é Deus.
Perguntas que são respondidas para cada um de uma maneira diferente, no mais íntimo dos nossos corações...
Ah, chegamos no ponto central disso tudo: o coração.
Um orgão propulsor de sangue que contrai-se  e relaxa de forma harmoniosa em um apessoa saudável.
O coração é o símbolo mais perfeito do amor. Apesar de não se parecer nem um pouco com os corações que costumávamos fazer quando estavamos apaixonados, o coração é um sinal de vida.
Coração = amor = vida = Jesus - Tudo está interligado. O amor impulsiona o coração até a bater mais forte... gerando vida e nos apresentando a Àquele que amou sem medidas: Jesus.
O amor é o que nos faz impulsionar, o que nos fortalece.. e esse amor está em Jesus, que amou gratuitamente e continua a nos amar, mesmo quando, em certas circustâncias não o amamos.
Ao invés de nos preocuparmos com que os outros falam, preocupe-se em buscar o amor nas coisas que faz.
Uma vida inteiramente consagrada a Deus - como assim fez Sâo Francisco e como faz milhares pelo mundo afora nos dias de hoje; ou uma vida cotidiana, vivendo nesse mundo; mas sabendo que você, como batizado e redimido pelo Sangue de Jesus na Cruz, não pertence a esse mundo.
Seja qual for a sua escolha, não demore a fazê-la e faça-a com amor...
E quando começar a esquecer o significado da palavra amor, volte seu olhar para a cruz de Cristo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Perdendo o sentido

Essa sequência é de um carrinho violento e maldoso do Kevin Muscat (Melbourne Victory) no Adrian Zahra (Melbourne Heart) em um clássico da cidade australiana. Ficou constatada no Zahra uma lesão nos ligamentos que o deixará afastado dos gramados por um ano.
A sequência de imagens pode ser vista neste link: http://youtu.be/3gV6rVB0JmE

A cena é realmente forte e impressionante, como vários outros casos semelhantes que já ocorreram pelo mundo a fora. Porém, o que mais me chamou a atenção foi quando o Muscat recebeu o cartão vermelho e, saindo do campo, a câmera de TV o acompanhou...

Sim... Kevin Muscat faz uma entrada violenta e maldosa no jogador adversário e sai de campo fazendo o sinal da cruz.

Assim como tantos outros jogadores que se 'benzem' antes de começar qualquer partida, mas essa cena - em particular - me fez refletir um pouco mais sobre essa praticar de se fazer o sinal da cruz. Será que, de fato, sabemos o significado e importância desse ato? 
Bom, no caso do Muscat, é bem provavél que não saíba.


 

No mês de maio do ano passado, o Papa Bento 16 disse que o sinal da cruz, feito pelos cristãos, é mais do que um simbolismo... é um abraço de Deus no ser humano.
Infelizmente, estamos cada vez mais banalizando o verdadeiro sentido de se fazer o sinal da cruz.
Não querendo entrar no mérito da discussão do significado mais amplo desse ato no campo da teologia, acho que o mais importante que podemos nos concentrar são as palavras do Santo Padre, por ocasião da Festa da Santíssima Trindade no ano passado: "Fazemos o sinal da cruz antes de rezar para que nos pacifique espiritualmente, para concentrar em Deus pensamentos, coração e vontade; depois de rezar, o repetimos para que aquilo que Deus nos doou permaneça em nós. Ele abraça todo o ser, corpo e alma, e tudo é consagrado em nome de Deus uno e trino".


Que possamos, cada vez mais, fazer o sinal da cruz em nós mesmos e em nossos familiares e amigos não de forma automática e superficial.

"Perdendo o sentido" - Não foi a toa que coloquei esse título. Estamos vendo uma 'enxurrada' de situações contrárias a nossa fé, contrárias ao que Jesus pregou e ainda prega na boca de tantos sacerdotes, pastores, missionários...
Se muitos de nós ainda temos vergonha de fazer um gesto simples do sinal da cruz, porém de tão grande significado... imagine então a atitude de viver com a vida, o ser cristão.

Quando perdemos o sentido, perdemos a direção... vamos para caminhos errados.
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." - Jo 14,16
 
O único que nos direciona para o caminho da Verdade e da vida é o mesmo que nos diz a todo momento: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo." - Apocalipse 3, 20

sábado, 22 de janeiro de 2011

Oração pelo clero

Deixai, ó Jesus, que em Vosso Coração Eucarístico,
depositemos nossas mais ardentes preces
pelo nosso Clero e sede propício nos nossos pedidos.

Multiplicai as vocações sacerdotais em nossa Pátria; atraí ao Vosso altar os filhos do nosso Brasil; chamai-os com instância ao Vosso Ministério. Conservai, na perfeita fidelidade ao Vosso serviço, aqueles a quem já chamaste: afervorai-os, purificai-os, santificai-os, não permitindo que se afastem do espírito da Vossa Igreja.

Não consistais, ó Jesus, nós Vos suplicamos, que debaixo do céu brasileiro sejam por mãos indignas profanados os Vossos mistérios de amor. Também Vos pedimos com instância: deixai que a misericórdia de Vosso Coração vença a Vossa Justiça divina por aqueles que se recusaram à honra da vocação sacerdotal ou desertaram das fileiras sagradas.

Atendei, ó Jesus, a esta insistente oração,
vo-Lo pedimos por Vossa Mãe,
Maria Santíssima, Rainha dos Sacerdotes.

Ó Maria, a Vosso Coração confiamos o nosso Clero;
guiai-o, guardai-o, protegei-o, salvai-o.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Acima de tudo o AMOR

"O amor lança fora todo o medo!"

"Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria." - I Coríntios 13, 1 - 3

 

Se talvez refletissemos mais essa belíssima passagem que São Paulo nos presenteia em sua carta aos Coríntios... talvez a vida não fosse tão difícil de ser vivida...
Infelizmente nem mais sabemos o significado da palavra amor...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Que tudo vençamos pelo amor

"Teu Amor cegou o olhar perdido da maldade
Paralisou os passos largos da mentira











Quando a minha miséria se encontrou
Com a terra santa do teu coração
Assim como a morte e a cruz, vida brotou
 
No teu abraço, o peito cansado
Pelos erros rasgado, voltou a bater"

♫  Terra do Coração (Que tudo vençamos pelo amor) - Abner Santos

Fogo Abrasador

" Seja adorado pra sempre Senhor
Quero te amar como amado eu sou
E em louvor me darei "
♫ Fogo Abrasador - Shalom

sábado, 1 de janeiro de 2011

Aparecida, o Milagre

Fiquei emocionado ao assistir o filme "Aparecida, o milagre"... porém, essa mesma emoção eu sinto quando vou até o Santuário ficar aos pés da imagem... ou quando me deparo com as manifestações de um povo sedento de Deus que vai todos os anos até o local...
O filme é emocionante, mas não pela história contada ou interpretações de seus atores... Diga-se de passagem o Murilo Rosa está estranho com esse bigodão "à la mexicano" e Maria Fernando Cândido mal consegue se estruturar no papel... até é difícil de encaixá-la na história...


Bete Mendes se destaca no papel da mãe que intercede e ajuda o filho na sua conversão e o menino Vinicius Franco (que faz o papel do Murilo quando criança) dá show, em atuações fortes. A cena em que ele vai "prestar contas" com Nossa Senhora após o pai morrer é um exemplo da grande atuação do menino...
Um filme que tinha tudo para ser uma grande produção... diretora famosa (Tizuka Yamasaki)... trilha emocionante do maestro Paulo Francisco Paes... fotografia impecável do Luis Abramo... mas ainda faltou algo. 


Por algumas vezes faltam recursos... outras vezes é mesmo por falta de inovar, audácia, criatividade... o cinema nacional possui suas deficiências... mas têm crescido e conquistado cada vez mais um número maior de espectadores.
De fato, já é muito bom... no meio de tantos bruxos e espiritos indevidos que assolam os nossos cinemas, encontrar Nossa Senhora nos esperando...
É muito bom saber que existem pessoas com boas intenções e que querem fazer cinema católico nesse país....
Por isso, nada de críticas negativas a esse filne... 
Tenho certeza que muitos, ao assistirem, foram tocados e cobertos pelo manto de Nossa Senhora - assim como em uma das cenas desse filme.
Que Deus possa ungir a outros para fazerem o mesmo e cada vez melhor.... já que não há limites para as formas de transmitir o amor de Deus para as pessoas... que o cinema, cada vez mais, possa ser um meio eficaz de evangelização e propagação da nossa fé católica.